A EUROPA TEM FUTURO, OU NÃO?

Eu acho que o projecto «União Europeia», está muito perto do fracasso.

Ninguém no seu perfeito juízo hoje, deixará de ter dúvidas sobre o futuro duma Europa unida.

Ouvi, como todos os europeus ouviram, aquele senhor escolhido para Presidente do Conselho, afirmar que estava a organizar uma reunião a nível de chefes de governo para o próximo dia 10 de Maio para resolver a crise grega. Mas o que é isto? Mais duas semanas? É uma autêntica palhaçada. Deixam um membro da “família” fritar em “lume brando”, praticamente há seis meses, e agora, que o óleo já está a ficar queimado, ainda vão esperar mais duas semanas?

E a Alemanha? Está à espera de quê? Que a fritura da Grécia incendeie o resto da Europa a começar pelo Sul? E que a moeda euro seja, da mesma forma, engolida pelas chamas, para depois voltarem com o “marco” cheio de força?

A Europa está a provar que (não) vive de indecisões porque cada um defende o seu quintal. Estas incertezas são o alimento dos especuladores. Eles são os verdadeiros vencedores, estão a comer a carne e vão roê-la até aos ossos.

Voltei a tirar da prateleira o livro de Saramago “A Jangada de Pedra”, para voltar a interiorizar a vocação marítima dos povos ibéricos. Como sempre aconteceu ao longo da nossa história, e como muito bem disse Cavaco Silva no dia 25 de Abril (Nunca pensei citar ou elogiar o actual Presidente), a nossa riqueza está do lado do Oceano Atlântico. O mar aberto, África, a América e principalmente a do Sul com o Brasil à cabeça, tem muito mais a ver connosco do que um checo (ainda por cima se for como o actual presidente), um polaco, um eslovaco, um dinamarquês ou mesmo um alemão.

É preciso recuperarmos a afinidade com os “mares”.

Da Europa, pouco mais podemos esperar, e, como a corda parte sempre pelo lado mais fraco, para além da Grécia, se não acordarmos a tempo, vamos ser nós, os espanhóis e todos os que estiverem mais em baixo, a levar com a pior parte.

SBF

“O MIÚDO QUE PREGAVA PREGOS NUMA TÁBUA” DE MANUEL ALEGRE

“O miúdo que pregava pregos numa tábua”, diz o autor, deve ser ele, Manuel Alegre, ou não?

Bom, o miúdo cresceu, e ao longo da vida, nos bons e nos maus momentos, nunca deixou de ter, sempre presente o seu ser, na infância da vida.

O Poeta deu-nos uma prosa maravilhosa.

Demorei menos de uma hora a devorá-lo, e quando acabei, apeteceu-me lê-lo outra vez. É um “ar” que se respira, e fica-se bem.

Manuel Alegre é o mais conhecido de todos os portugueses. Nasceu em Águeda a 12 de Maio de 1936. Foi para a guerra colonial em Angola e, durante a comissão, foi preso pela PIDE e esteve encarcerado seis meses em Luanda. É um histórico do PS, com vários cargos políticos desde 1974 e, em 2006, foi candidato à presidência da República.

O miúdo que pregava pregos numa tábua” é uma edição da “Dom Quixote” em Março de 2010.

SBF

(Capa do livro)

25 DE ABRIL SEMPRE!


“As Portas que Abril Abriu”
de Ary dos Santos
...
Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.

Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer.

(Continua)

SBF

(Dos Poemas sobre o 25 de Abril – Link PCP)

A CAMINHO DE ABRIL, NA VÉSPERA… DIZIA O POETA!



(Parte “As portas que Abril Abriu” de Ary dos Santos)

Quem o fez era soldado

homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.

Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.

Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.

Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.

Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.

Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
do ventre duma chaimite.

Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!

(Continua)

(Extraído do extraordinário poema “As portas que Abril Abriu” de Ary dos Santos, copiado de «Poemas sobre o 25 de Abril» da net/PCP)

SBF

A CAMINHO DE ABRIL, NA VÉSPERA, O HERÓI!

«Na Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, Salgueiro Maia limitou-se a mandar ter o material pronto para qualquer ação, sem no entanto dizer para quê. Não era contudo muito difícil percebê-lo e os oficiais milicianos da sua maior confiança, adivinharam-no.

O entusiasmo posto no trabalho de afinação e preparação dos carros de combate foi tal, que o próprio comandante estranhou, mandou encerrar os Parques e simultaneamente deu alta aos trabalhos.

O pessoal todavia, continuou o seu trabalho, sem barulho, dentro dos próprios Parques, com as portas encerradas.»

(Texto extraído do livro “Origens e Evolução do Movimento dos Capitães” de Diniz de Almeida)

SBF

CAPITÃO DE ABRIL

Naquele Abril revolucionário, todos os problemas se iam resolver, os portões do paraíso na terra estavam escancarados, nunca mais haveria fome, nunca mais haveria guerra, nunca mais haveria PIDE.

As portas que Abril abriu” não mais se fechariam, os patrões e os empregados haveriam de se abraçar, o general e o soldado haveriam de comer à mesma mesa, o capitalismo e o estado social haveriam de estar juntos na recuperação económica, o político e o normal cidadão haveriam de vestir a mesma camisola.

Portugal levaria a lição ao mundo, e seriamos o povo mais feliz do universo.

A história cumpriu o seu dever e rezou, mas… Como é possível, tanto tempo contado em anos desde a revolução dos cravos, que se descubram inúmeras “portas” que, ou nunca chegaram a ser abertas, ou, depois de abertas, voltaram a fechar-se?

O Artigo primeiro da nossa Constituição diz assim:

Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Será que estamos a falar do mesmo País?

“Capitão de Abril, Capitão de Novembro” do Coronel Sousa e Castro, demonstra com muita precisão alguns exemplos do que acima disse.

Sousa e Castro faz um relato factual dos acontecimentos, desde a criação do Movimento dos Capitães em meados de 1973, até ao rescaldo do 25 de Novembro extensivo à revisão Constitucional de 1982, altura em que acaba o Conselho de Revolução.

À medida que dá conta das ações em que interveio ou que conheceu, faz a sua interpretação objetiva e subjetiva, e acompanha com documentos.

O Capitão (à época) Sousa e Castro, fez parte do Grupo dos Nove, que, em pleno Verão Quente de 1975, se uniu em volta dum projeto moderado – Não alinhados com o Partido Comunista nem com a extrema-esquerda, e advogando respeito pelo resultado eleitoral de 25 de Abril de 1975 para a Assembleia Constituinte. Embora simpatizando com a ideia de “socialismo democrático”, nunca quiseram (enquanto grupo ou movimento) confundir-se com o Partido Socialista, antes pelo contrário, as relações com a direcção do PS, nem sempre foram calmas.

O Movimento dos Nove, que o autor (e a história) considera vencedor em 25 de Novembro, viria a ter dificuldade em travar a cavalgada de alguns setores militares conservadores que nunca foram entusiastas do que aconteceu em 25 de Abril. Sousa e Castro, Vasco Lourenço, Melo Antunes, Ramalho Eanes, Franco Charais, Pezarat Correia e principalmente o Presidente da República, General Costa Gomes e ainda outros defensores da mesma linha, foram decisivos para cortar “o passeio” da extrema-direita militar e civil neste Novembro de 1975.

No 36º aniversário do 25 de Abril, aconselho a leitura deste livro que é edição da “Guerra e Paz”, a primeira em Novembro de 2009.

O Coronel Rodrigo Sousa e Castro nasceu em 1944 no Alto Minho.

SBF

A NUVEM NEGRA

O problema da nuvem de cinza do vulcão Islandês, não é só o económico imediato.

Todos sabemos que algumas das grandes mudanças climáticas do nosso planeta, tiveram associadas grandes erupções vulcânicas que provocaram noites permanentes, isolando a superfície terrestre do seu exterior.
A imponderabilidade da "mãe natureza" não tem limite!

CLICAR AQUI para ver a evolução real da nuvem negra.

SBF
(Dicas e Hiper do Expresso Online)

VISITA PAPAL

Há tolerâncias “difíceis” de entender…
(literalmente)
«O nosso Governo, é mais papista que o Papa» (CLICAR DN ONLINE)
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MANUEL ALEGRE

«Antes que me perguntem, eu respondo: assim é a pesca, assim a vida e assim a escrita. Surpresa e dúvida.»
Na Pág 79 do livro “O miúdo que pregava pregos numa tábua” de Manuel Alegre.

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(Foto: O Público Online)

OS SOARISTAS

Os soaristas movimentam-se e ficaram alarmados com a notícia de apoio do PS à candidatura de Alegre.

O aparelho do PS apressou-se a desmentir a notícia.

O que espera Sócrates para declarar que Manuel Alegre é o seu candidato?

Será decerto um sapo que engole mas, não tem alternativa.

Também pode acontecer, hipótese que vem sendo admitida, que ele, com os seus pares conservadores mais os soaristas, prefiram a eleição de Cavaco.

Ontem, Sócrates, jantou ao lado de Mário Soares em Leiria.(CLICAR PARA VER)

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(Foto: DN Online)

O SEGREDO FOI A ALMA DO NEGÓCIO

O segredo do negócio dos equipamentos militares, com destaque para os submarinos, está a emergir.

A pouco e pouco vem ao de cima…

Paralelamente, procura-se descobrir a fórmula da criação em série dos cogumelos, para ser mais fácil e prático aprovar CPI’s (Comissões Parlamentares de Inquérito).

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MARECHAL SPÍNOLA

O que Cavaco Silva disse ontem sobre Spínola, não passa de um registo circunstancial, a propósito da comemoração dos 100 anos de nascimento do Marechal, e no meio da inauguração de uma avenida em Lisboa com o seu nome.

O merecimento de homenagem nacional nunca será reconhecido por parte considerável de portugueses, o que, aliás, acontece também em relação a muitas estátuas, bustos e placas toponímicas, existentes em Lisboa e por esse País fora.

Todos sabemos que o actual Presidente da República não é tão entusiasta nos elogios a Spínola, como é, o Ex-Presidente Mário Soares. O “pai” dos socialistas portugueses, sempre teve uma adoração desmedida pelo homem do monóculo. Esta postura de Soares, em relação a Spínola, causou alguns desgostos aos seus (também) amigos militares do “Grupo dos Nove” (tendência vencedora no 25 de Novembro), que, como se sabe, na sua maioria, não morriam de amores pelo (na época) General.

Na verdade, se do ponto de vista militar, ou, pelo menos, no comando de homens, Spínola esteve entre os melhores, e a sua acção na Guiné, é disso um bom exemplo, a sua intervenção política viria a revelar-se um estrondoso falhanço.

Quando aceitou receber simbolicamente o poder das mãos de Marcelo Caetano, na tarde de 25 de Abril no Quartel do Carmo, sabia que estava a assumir um compromisso com quem tinha deposto o regime – O Movimento dos Capitães que, em 25 de Abril, já era Movimento das Forças Armadas. O grande equívoco de Spínola, começa quando pretende “rasgar” o programa do MFA e fazer as coisas à sua maneira. A sua estada no Palácio de Belém até 28 de Setembro de 1974, data da sua resignação, foi um permanente desassossego com posições e acções de afrontamento ao MFA, destacando-se a sua vontade do não reconhecimento imediato da autodeterminação e independência das colónias, ou seja, a guerra colonial continuaria sem fim à vista.

Sabendo-se que o final da guerra, e a consequente descolonização, a par da institucionalização da democracia política, era o principal objectivo da luta do Movimento dos Capitães, conclui-se, como inaceitável, a posição inflexível de Spínola, materializada na sua saída de Belém cinco meses depois do 25 de Abril.

Até esta altura, todos os factos são históricos e indesmentíveis. Já as outras culpas, que alguns lhe atribuem – Alegado envolvimento no 11 de Março, organização e direcção do MDLP e mais acções classificadas reaccionárias e mesmo criminosas – não estão cobertas com nenhuma prova factual, restando por isso, muitas dúvidas relativamente ao seu comportamento.

Mário Soares, enquanto Presidente da República, reabilita Spínola em 1987, condecorando-o com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Torre e Espada e nomeando-o Chanceler das Antigas Ordens Militares.

SBF

LEGADO DE NELSON MANDELA

O recente assassinato do líder do AWB, partido nazi da África do Sul, as consequentes reacções dos seus apaniguados e, as não menos racistas declarações e intervenções do líder da juventude do ANC, ameaçam a manutenção do sistema democrático, tal como o conhecemos neste País, e põem em causa toda a luta de Mandela antes e depois da sua libertação em 1992.

Mandela e De Klerk conseguiram, entre 1992 e 1994, o que ninguém acreditava – Desmantelar o apartheid e transformar a África do Sul numa democracia moderna e multirracial.

Os actuais líderes democráticos, e principalmente o do ANC, que é o Presidente da República da África do Sul, devem honrar o legado do herói universal Nelson Mandela, sendo firmes na defesa daquela sociedade democrática e moderna, onde, o que menos importa, seja a cor da pele de cada cidadão.

SBF

NÃO TENHO TIDO VONTADE!

Há muitas formas de passar o pensamento – Falando, escrevendo, pintando, fotografando, ou até, por telepatia.

Sendo certo que, usando qualquer destas opções, é indispensável accionar o mecanismo da massa-cinzenta, e pôr o pensamento em processo de transferência.

Tudo bem explicadinho, mas para isto, é preciso vontade, e essa, nem sempre existe.

A vontade é a grande condicionante.

A vontade comanda tudo.

Nada é feito ou pensado, sem vontade.

Qualquer psicólogo, psiquiatra ou terapeuta, acredita que consegue manobrar a vontade do consultado. Será?

É imperdoável que esteja tão irregular na escrita do meu blogue.

Acho que absorvi direitinho o ambiente inibidor da nossa sociedade. Tudo e todos a puxar para baixo.

Não há povo que aguente!

Não tenho tido vontade!

SBF

MILHÕES DE EUROS



Obscenidades do nosso dia-a-dia… mexendo no nosso bolso…

AQUI

Ordenados e outros pagamentos milionários a gestores das nossas empresas, ofendem a dignidade que ainda nos resta!

SBF

VERDADEIROS HERÓIS

Não gosto da ligeireza com que se assinala a morte dos verdadeiros heróis:
Martin Luther King Jr. Em 04.04.1968



Capitão Salgueiro Maia em 04.04.1992


A nossa comunicação social é um espanto!
SBF

PORQUE NÃO SE CALAM?

PORQUE NÃO SE CALAM? São praticamente os mesmos, que há menos de dois meses, bradavam “aos céus” por medidas mais restritivas, fortes e ...